A maioria destes anticorpos tem como alvo a proteína spike, através da qual o SARS-CoV-2 entra nas células do hospedeiro. A sua união ao domínio de ligação ao recetor da proteína spike neutraliza a capacidade do vírus de se unir ao recetor de superfície da enzima de conversão da angiotensina-2 e de se fundir com a célula alvo. A Agência Europeia do Medicamento está atualmente a efetuar rolling reviews, ou seja, avaliações que vão decorrendo à medida que os dados vão sendo disponibilizados, dos anticorpos monoclonais casirivimab/imdevimab (associação também conhecida por REGN-COV2), regdanvimab, bamlanivimab e etesevimab, estes últimos também em associação. Os anticorpos monoclonais para os quais já existem ensaios clínicos publicados e recomendações de utilização, nomeadamente na União Europeia, são a associação casirivimab/imdevimab, o bamlanivimab isoladamente e em associação com o etesevimab. A evidência para o seu uso cinge-se, atualmente, a indivíduos com COVID-19 que não necessitam de oxigénio suplementar, tratados em ambulatório, com elevado risco de progressão para doença grave.

LEITURA RECOMENDADA