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100 anos das Faculdades de Farmácia em Portugal

15 Janeiro 2021
100 anos das Faculdades de Farmácia em Portugal
18 de janeiro de 1921. O Decreto 7 238, da Direcção Geral do Ensino Superior, à época sob a tutela do Ministério da Instrução Pública, determina que as Escolas de Farmácia das Universidades de Coimbra, Lisboa e Porto passam a denominar-se Faculdades de Farmácia, dando assim resposta a uma pretensão dos respetivos Conselhos de Escola, corpo docente e alunos.

O início do ensino farmacêutico em Portugal remonta a finais do século XVI, na Universidade de Coimbra, com uma componente exclusivamente prática, realizada em boticas, num modelo que vigou até à Reforma do Ensino levada a cabo pelo Marquês de Pombal, no final do século XVIII.

Nascem assim as Escolas de Farmácia de Coimbra, anexa à Faculdade de Medicina, de Lisboa e do Porto, anexas às respetivas Escolas Médico-Cirúrgicas, em 1836, mas mantém-se ainda durante vários anos a dupla via de acesso à profissão, pela aprendizagem nas boticas ou pela via do ensino regular.

Em 1902 o curso de Farmácia passa a ser estar enquadrado no Ensino Superior, com um plano curricular que contempla disciplinas obrigatórias de índole teórica, a suportar a componente prática, e em 1921 as Escolas Superiores de Farmácia ascendem a Faculdades de Farmácia, reconhecendo-se que o seu fim é exatamente idêntico aos das restantes Faculdades: preparar os seus alunos para os respetivos diplomas e promover investigações científicas em todos os ramos da farmácia,

Ainda que pudessem já conferir os graus de licenciado e doutor, a alteração na denominação segue uma tendência no Ensino de Farmácia na Europa, onde Espanha e França serviam de exemplos. No entanto, a conquista foi breve. Como parte do programa de contenção das despesas orçamentais determinada pelo Estado Novo, a Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra foi extinta em 1928, a que se seguiu a de Lisboa, em 1932, sendo criadas em sua substituição as Escolas de Farmácia de Coimbra e Lisboa, que passaram a conferir o grau de bacharel, que habilitava à profissão.

O grau de licenciado passou a ser conferido somente no Porto, numa situação que se manteve durante mais de três décadas, até que, em 1968, foram finalmente restabelecidas as Faculdades de Farmácia das Universidades de Coimbra e de Lisboa.

Dez anos mais tarde, a reforma do ensino farmacêutico institui os três ramos do Curso de Farmácia – farmácia de oficina e hospitalar (opção A); farmácia industrial (opção B); e análises químico-biológicas (opção C)] – que vigorou até 1988, quando as orientações e uniformização no espaço europeu determinaram da designação do curso para Ciências Farmacêuticas.

Até início da década de 90, a licenciatura em Ciências Farmacêuticas era apenas conferida nestas três Faculdades de Farmácia públicas, altura em que surgem os primeiros cursos em instituições de ensino superior privadas.

O ensino de Ciências Farmacêuticas tal como hoje o conhecemos, resulta da implementação do Processo de Bolonha, em 2006, que institui o Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, que reconhece a diferenciação do curso, bem como a especialização e diferenciação profissional dos alunos diplomados.

O Centenário das Faculdades de Farmácia das Universidades de Coimbra, Porto e Lisboa vai se assinalado com a realização de três sessões comemorativas abertas à comunidade estudantil e à sociedade em geral (em formato online, dadas as restrições impostas pelo estado de emergências), no dia 18 de janeiro, às 11:00, 15:00 e 17:00 horas, respetivamente.


Sessões Comemorativas do Centenário das Faculdades de Farmácia
 
Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra
18 janeiro | 11:00 horas

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Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto
18 janeiro | 15:00 horas

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Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa
18 de janeiro | 17:00 horas

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