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Biossimilares com elevado potencial de crescimento e utilização
26 Maio 2022
A Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (Apogen) e a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) realizaram um estudo sobre as determinantes, barreiras e facilitadores da utilização de medicamentos biossimilares nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Os resultados foram apresentados esta manhã, numa conferência realizada no Centro Cultural de Belém, que contou com a participação do bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF).
"Todos temos responsabilidades na formação e informação aos profissionais de saúde sobre a segurança, qualidade e eficácia dos medicamentos biossimilares”. Palavras do bastonário da OF, Helder Mota Filipe, durante a Conferência "Medicamentos Biossimilares: a game changer para a sustentabilidade e mais ganhos em saúde”, realizada esta quinta-feira, dia 25 de maio, no Centro Cultural de Belém.
O evento teve como ponto central a apresentação do estudo realizado pela Apogen, em parceria com a ENSP, sobre as determinantes, barreiras e facilitadores da utilização de medicamentos biossimilares em Portugal.
Os resultados indicam que a utilização de biossimilares permitiu o tratamento de mais três milhões de doentes por dia e reduziu o custo médio nas terapêuticas biológicas em cerca de 41%. Em Portugal, são atualmente comercializados 14 medicamentos biossimilares, utilizados no tratamento de doenças oncológicas, reumatologia, oftalmologia, entre outras, mas o mercado apresenta elevado potencial de crescimento, com 124 medicamentos biológicos a perder a patente até 2030.
Nos últimos seis anos, a utilização de medicamentos gerou uma poupança de mais de 292 milhões de euros para o SNS. Mas, para os autores do estudo, a poupança poderia ser maior. Por um lado, não existem normas do Ministério da Saúde que promovam a sua utilização, por outro, falta informação das organizações e sociedades científicas que suportem a confiança e a decisão dos profissionais na sua utilização.
"O país, as autoridades, os decisores, os profissionais e os doentes. Todos devem ter absoluta confiança num processo exigente, mas transparente, de avaliação clínica de todos os fármacos”, considera o bastonário.
O representante dos farmacêuticos recorda a relação custo-efetiva dos medicamentos biossimilares e aponta a sua utilização como decisiva para equilíbrio das contas do SNS, sugerindo, inclusivamente, a sua inclusão como indicador de avaliação da gestão hospitalar.
Ainda de acordo com os resultados deste trabalho, é nos hospitais universitários que a adoção de medicamentos biossimilares é mais rápida, embora com quotas de mercado mais baixas do que a média. "Estes resultados indiciam que a rápida adopção se deve a novos doentes, mas que o processo de switching [troca] será mais difícil”, explica o estudo.
Clique para conhecer o estudo realizado pela Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (Apogen) e a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP).
Clique para aceder à transmissão da Conferência.
Clique para conhecer o estudo realizado pela Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (Apogen) e a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP).
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