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Farmacêuticos disponíveis para apoiar testagem à covid-19

20 Novembro 2020
Portugal enfrenta atualmente uma das piores fases da pandemia de covid-19, com aumento de novos casos de infeção, do número de vítimas mortais e de doentes com necessidade de internamento, num cenário que coloca à prova a capacidade de resposta das nossas unidades de saúde, dos seus profissionais e do sistema de saúde em geral.

A realização de testes de diagnóstico laboratorial em larga escala é um fator determinante para o controlo da pandemia, tal como descrito na Estratégia Nacional de Testes para SARS-CoV-2 (Norma DGS 019/2020), que prevê o envolvimento de outras entidades prestadoras de cuidados de saúde na realização de testes à covid-19 à população, mediante a situação epidemiológica no País e as necessidades a nível regional e local.

Nos termos da Circular Conjunta n.º 005/CD/100, de 13 de novembro, sobre a operacionalização da utilização dos testes rápidos de antigénio, a Direção-Geral da Saúde, o Infarmed e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge esclarecem que estes testes devem ser realizados por "profissionais de saúde com experiência e competência para a colheita da amostra biológica”, de acordo com o Manual de Boas Práticas Laboratoriais.

Os farmacêuticos, além de preencherem as condições definidas neste novo normativo, estão já legalmente habilitados para realizar testes rápidos nas farmácias para rastreio de outras infeções, como o VIH/sida, hepatite B e hepatite C, fazendo-o há muitos anos com dispositivos médicos para diagnóstico in vitro.

A Ordem dos Farmacêuticos entende que a atual situação epidemiológica da pandemia de covid-19 no País justifica um esforço coletivo nacional para mitigar a propagação do SARS-CoV-2 na comunidade e garantir a segurança e a confiança de todos os portugueses, preparando-os para a época festiva que se avizinha.

"As pessoas estão com medo de estar com os seus familiares, estão com receios de ir para o trabalho. É importante generalizarmos o acesso a estes testes rápidos. Com prudência e rigor, mas de forma massiva, para que os portugueses se sintam mais seguros e confiantes para comemorar o Natal e conviver com os seus familiares”, explica a Bastonária Ana Paula Martins.

À semelhança de outras entidades nacionais e europeias, a Ordem dos Farmacêuticos solicita também a intervenção da Comissão Europeia para que impulsione os Governos nacionais a adotarem estratégias de testagem em massa, envolvendo e reconhecendo o contributo dos farmacêuticos - nas farmácias e laboratórios de proximidade - para o aumento dos rastreios por testagem, e assim preservar a saúde dos portugueses, quebrar cadeias de transmissão e proteger a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde.

França, Espanha, Reino Unido, Canadá, Estados Unidos da América e Austrália são apenas exemplos de alguns países que promovem uma intervenção clara dos farmacêuticos na testagem contra a covid-19. A Federação Internacional Farmacêutica anunciou também a publicação de um novo referencial com indicações para realização de testes rápidos por farmacêuticos.

Nestes termos, a Ordem dos Farmacêuticos recomenda a realização de testes rápidos por farmacêuticos nas condições definidas nos normativos em vigor, cumprindo escrupulosamente os requisitos de instalações, biossegurança e comunicação e notificação dos resultados conhecidos.

"Vivemos em estado de emergência, com os cuidados de saúde à beira da rutura. Se não é nesta fase que a intervenção dos farmacêuticos é oportuna, quando será?”, questiona a bastonária. "É tempo dos farmacêuticos analistas e comunitários, ajudarem também os portugueses a se sentirem mais seguros neste período tão importante das nossas vidas”, considera. "Os farmacêuticos estão disponíveis para ajudar o Governo a salvar o Natal”, conclui.