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Farmacêuticos em consórcio internacional para desenvolvimento de novo tratamento para a doença de Crohn
03 Novembro 2022
O farmacêutico Bruno Sarmento, que lidera a equipa portuguesa envolvida neste projeto e constituída por 3 farmacêuticos, 10 estudantes de doutoramento com formação em ciências farmacêuticas e 1 engenheira biomédica, explica que o objetivo passa pelo desenvolvimento de "um tratamento não invasivo, seguro, eficaz e direcionado baseado em RNA administrado oralmente. A administração de RNA será possibilitada por uma abordagem combinada onde novos biomateriais, concebidos para ultrapassar as barreiras no trato gastrointestinal, sob a forma de nanopartículas”, refere o responsável, adiantando que o RNA vai permitir "combater localmente a inflamação no tecido intestinal, evitando efeitos secundários sistémicos”.
Ao longo de quatro anos, os investigadores do i3S vão receber 400 mil euros para desenvolver um modelo tridimensional (3D) que simule o "intestino inflamado” desta doença e possa ser usado "para testar a eficácia de nanomedicamentos”. A equipa portuguesa vai também criar e disponibilizar uma "biblioteca de novos biomateriais” que pode ser utilizada para "formular nanopartículas contendo RNA terapêutico (siRNA e mRNA)”.
Os investigadores pretendem usar o conhecimento adquirido e comprovado das terapias que utilização o mRNA (como a vacina contra a covid-19) e transferir a "revolucionária tecnologia do mRNA e siRNA para tratar a Doença de Crohn”, esclarece o i3S em comunicado.