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Ministra da Saúde assegura avanço na Residência Farmacêutica

18 Junho 2021
Ministra da Saúde assegura avanço na Residência Farmacêutica
A ministra da Saúde, Marta Temido, revelou ontem, durante a apresentação do estudo “Valorização do Desempenho do Farmacêutico Hospitalar”, que os programas formativos da Residência Farmacêutica vão ser aprovados brevemente, para que seja possível a abertura das primeiras vagas para residentes farmacêuticos no início do próximo ano.

"Na sequência da proposta apresentada pela Ordem dos Farmacêuticos (OF) e do parecer da Comissão Nacional da Residência Farmacêutica, está a ser ultimada a aprovação das três Portarias referentes aos programas de formação para as áreas profissionais de Farmácia Hospitalar, Análises Clínicas e Genética Humana”, anunciou a ministra na cerimónia de apresentação do estudo, que decorreu no Salão Nobre da OF, com transmissão em direto nas plataformas digitais da OF.

Presente também no encerramento do evento, o presidente da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), Victor Herdeiro, manifestou o desejo de conclusão célere do processo para que seja possível a abertura das primeiras vagas para novos residentes farmacêuticos no SNS já a partir de janeiro.

"Todos sabemos que a chegada da pandemia alterou o calendário previsto para o desenrolar do processo da Residência Farmacêutica”, lembrou o responsável da ACSS. "Tudo estamos a fazer para que seja no inicio do próximo ano”, acrescentou.

O estudo realizado pela Nova SBE – School of Businesse and Economics para a Ordem dos Farmacêuticos, com o apoio da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares, apresenta vasta evidência sobre o potencial clínico e económico de diversas atividades desenvolvidas pelos farmacêuticos hospitalares, como a revisão e reconciliação da terapêutica, a colaboração ativa nas visitas médicas, a avaliação de alternativas terapêuticas ou a monitorização/farmacovogilância da utilização de (novos) fármacos, entre outras intervenções que permitem prevenir riscos, erros de medicação, promover a adesão à terapêutica ou obter poupanças diretas com a aquisição de medicamentos.



No âmbito deste trabalho desenvolvido pela NOVA SBE, a OF solicitou a todos os farmacêuticos hospitalares portugueses um registo diário das atividades desenvolvidas nos respetivos hospitais. Foram validados quase 200 dias de registos detalhados e os resultados indicam que mais de metade do tempo é despendido em atividades relacionadas com a distribuição de medicamentos aos doentes internados (27%) e em ambulatório (15%), bem como na sua produção e preparação (16%) para os diferentes serviços clínicos. Entre processos de seleção, aquisição, atividades de revisão da medicação distribuída ou dispensada ou a participação em comissões técnicas, restam poucos recursos para as atividades assistenciais, junto dos doentes, onde a intervenção dos farmacêuticos acrescente valor ao processo assistencial, contribuindo para a redução da morbilidade e mortalidade e, consequentemente, melhores resultados em saúde.

O trabalho apresenta exemplos de atividades levadas a cabo pelos serviços farmacêuticos de sete hospitais portugueses – HBA, HGO, CHLO, CHUCB, CHULC, CHUP e CHUSJ – e conclui que são necessários mais farmacêuticos hospitalares nas unidades do SNS, de modo a compatibilizar as funções de suporte ou clássicas, associadas por exemplo à produção e distribuição de medicamentos, com uma maior disponibilidade para as áreas assistenciais ou atividades de carácter mais clínico, colaborando por exemplo, na otimização e monitorização da utilização dos medicamentos e outras tecnologias de saúde.

Criada em 2017, a carreira especial farmacêutica no SNS permitiu a transição de centenas de profissionais em funções públicas para uma carreira autónoma e diferenciada, mas as novas admissões estão condicionadas pela abertura de vagas para a Residência Farmacêutica, um regime de internato nos hospitais públicos que permite a especialização dos farmacêuticos, condição necessária para ingresso na nova carreira e, consequente, para a renovação geracional do quadro de farmacêuticos no SNS.

Sendo um processo de formação especializado, harmonizado internacionalmente, a Residência Farmacêutica permite dotar os hospitais de um corpo de farmacêuticos especialistas, que cumpriram um percurso formativo pré-carreira integral, completo e em número adequado, antecipando assim os desafios e necessidades em saúde dos nossos cidadãos.



A sessão de apresentação do estudo da Nova SBE ficou ainda marcada pela homenagem, a título póstumo, à farmacêutica hospitalar Manuela Luz Clara e pela atribuição da Medalha de Honra da OF à diretora dos Serviços Farmacêuticos do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, Fátima Falcão.

- Estudo "Valorização do Desempenho do Farmacêutico Hospitalar”
- Sessão de Apresentação do estudo
- Discurso da Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos
- Vídeo de Apresentação do estudo