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Novo relatório sobre ruturas de medicamentos na Europa

26 Janeiro 2023
Novo relatório sobre ruturas de medicamentos na Europa
Um novo relatório publicado pelo Grupo Farmacêutico da União Europeia (PGEU) evidencia a dimensão europeia do problema do aumento das ruturas e escassez de medicamentos. A grande maioria (76%) dos países admite que a situação piorou, poucos (24%) dizem que continua igual e nenhum aponta para melhorias no acesso. Em Portugal, o PGEU reporta um aumento das ruturas no último ano na ordem dos 30%.

O PGEU desenvolveu um inquérito para recolher informação sobre a rutura de medicamentos em farmácias comunitárias nos países europeus. Os resultados indicam que a situação piorou no último ano, com todas as classes de medicamentos afetadas.

De acordo com os resultados apurados, a oferta de medicamentos cardiovasculares tem sido a mais lesada (83%), seguida dos medicamentos para o sistema nervoso e dos medicamentos anti-infecciosos para uso sistémico (i.e. antibióticos, com 79%) e medicamentos para o sistema respiratório (76%).

A maioria dos países (66%) registaram também a falta de dispositivos médicos nas farmácias comunitárias, lamentando que não exista um sistema de notificação de faltas que possa ser utilizado pelos farmacêuticos comunitários, tanto ao nível do medicamento como dos dispositivos médicos, e que aos ajude a esclarecer a situação real.

A interrupção dos tratamentos (90%), o aumento dos pagamentos com recurso a seguro para as alternativas mais caras e não reembolsadas (72%) e o tratamento/eficácia inferior (59%) são as consequências mais comuns das ruturas, provocando a angústia e incómodos aos doentes (93%).

A causas mais mencionadas foram a perturbação/suspensão do processo de fabrico (66%), quota imposta pelo fabricante (55%) e aumento inesperado da procura de medicamentos (48%), como as formulações pediátricas de antibióticos.

Entre as soluções propostas pelos farmacêuticos comunitários europeus estão substituição por genéricos (93%), a aquisição do mesmo medicamento a fontes alternativas autorizadas (62%) e a preparação de uma formulação composta (62%).

Contudo, algumas destas soluções representam novos desafios, como a necessidade de uma nova prescrição, ou tempo adicional despendido pelas equipas de farmácia para lidar com as ruturas, estimado em 6 horas e 40 minutos por semana.

Consulte os resultados do inquérito do PGEU sobre as ruturas de medicamentos nas farmácias comunitárias europeias.