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OF pede intervenção urgente do Presidente da República e Primeiro-Ministro
20 Janeiro 2021A Ordem dos Farmacêuticos (OF) está solidária com as famílias que
todos os dias perdem os seus entes queridos e com o esforço de milhares de
profissionais de saúde para salvar inúmeras vidas neste contexto de luta contra
a pandemia de COVID-19.
A OF entende que a situação limite que o País atualmente enfrenta
justifica a adoção de todas as medidas que possam minimizar a propagação do
vírus SARS-CoV-2 na comunidade, reduzir o congestionamento do internamento
hospitalar e, ainda mais importante, poupar vidas, tal como tem sido
reiteradamente proposto e defendido por várias outras instituições e
especialistas na área da Saúde Pública.
A OF solicita a intervenção urgente do Governo e do Chefe de
Estado, concretizando as recomendações dos peritos para contenção da pandemia.
As medidas sugeridas pela Ordem dos Médicos merecem-nos total concordância e
são o caminho para começar a inverter esta tendência alarmante de aumento da
infeção e mortalidade por COVID-19, cujo impacto se estende além da prestação
cuidados, à economia e à sociedade no geral.
A OF apela ainda a todos os portugueses, sem exceção, para o
respeito e cumprimento escrupuloso das medidas para a contenção da mobilidade
decretadas pelas autoridades. Não é momento para duvidarmos, para assumir
posições individuais. Há muitas vidas em jogo que não podemos continuar a
perder se queremos ter futuro.
O momento é especialmente delicado e não se compadece com
mensagens políticas dúbias ou circunstanciais, nem com a nossa passividade
enquanto cidadãos. Temos de interromper de forma categórica este ciclo trágico
de perdas de vidas, todos os dias somadas. Mortes irreparáveis, mas que podiam
ter sido evitadas; vidas que podem ser poupadas pelas ações de todos e cada um
de nós individualmente.
Os profissionais de saúde estão no limite. O Serviço Nacional de
Saúde e o Sistema de Saúde, na sua globalidade, já atravessaram a linha
vermelha.
O País, os portugueses e todos aqueles que nos são próximos
dependem do nosso sentido cívico, da nossa responsabilidade, da nossa
solidariedade e da nossa proteção. Já não resta tempo para experiências ou
debates. Já não temos mais tempo!
Os farmacêuticos continuarão a cumprir o seu dever, de serviço
público e proteção aos portugueses. Disponíveis para reforçar a capacidade de
testagem no País, contribuindo assim para isolar pessoas numa fase cada vez
mais precoce da doença, quebrando cadeias de transmissão e aliviando a pressão
sobre os nossos hospitais e profissionais de saúde. Mas também na vacinação em
massa, com a segurança, o rigor e a proximidade que o ato requer. Tudo o que
deles depender será feito sem hesitação. Onde quer que exerçam a sua atividade.
Portugal e os portugueses vêm em primeiro lugar!
É tempo de unirmos esforços, de pensar nos mais frágeis, nos mais
desprotegidos. É tempos de assumirmos a nossa responsabilidade individual e
coletiva.
Este é um dos maiores desafios da nossa História. Temos
de continuar a lutar! Que seja a esperança, e não a adversidade, a moldar o
nosso futuro!
Lisboa, 20 de janeiro de 2020.
A Ordem dos Farmacêuticos.