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Presidente da República sugere “reformismo incremental” na Saúde

24 Junho 2016
Presidente da República sugere “reformismo incremental” na Saúde
O Ministério da Saúde juntou várias personalidades, responsáveis e representantes de organizações ligadas ao setor da saúde para debater a reforma hospitalar.
O Ministério da Saúde juntou várias personalidades, responsáveis e representantes de organizações ligadas ao setor da saúde para debater a reforma hospitalar. A primeira edição do Fórum dos Hospitais "Os Hospitais – Reforma do Serviço Nacional de Saúde” decorreu no dia 21 de junho, no auditório da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, com a participação dos ministros da Saúde e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, na abertura, e do Presidente da República no encerramento. A bastonária da Ordem dos Farmacêuticos (OF) integrou o painel sobre "Inovação nos Modelos de Organização e de Gestão”, juntamente com os seus homólogos das Ordens dos Médicos e Enfermeiros.
    
Na sua intervenção, Ana Paula Martins destacou que os farmacêuticos exercem a profissão sob diferentes modelos de gestão e organização, desde logo nos setores público, privado e social. A bastonária defendeu que todos os modelos, como as parcerias público-privadas ou os centros de responsabilidade integrada, entre outros, têm o seu espaço desde que acrescentem valor ao sistema, que demonstrem ser mais eficazes e seguros para os cidadãos e que sejam sustentáveis.

Na sua opinião, o modelo verdadeiramente inovador será aquele que cumpra os critérios de transparência e obedeça a uma cultura de mérito, que valorize os profissionais e que recompense em função dos resultados obtidos.

A bastonária não quis deixar passar a oportunidade para explicar as dificuldades que farmacêuticos que trabalham no Serviço Nacional de Saúde (SNS) atravessam diariamente, em virtude da inexistência de uma carreira autónoma e diferenciada que reconheça suas importantes funções.

Ana Paula Martins advertiu a este propósito que os sucessivos adiamentos na implementação da Carreira Farmacêutica podem colocar em causa a qualidade e a segurança do circuito do medicamento hospitalar a médio prazo.

Respeitando o princípio da neutralidade orçamental, a criação da Carreira Farmacêutica e subsequente implementação de um Internato Farmacêutico permite enquadrar e definir uma formação estruturada para os novos profissionais que iniciam atividade neste ramo, garantindo assim uma renovação do quadro de farmacêuticos no SNS e uma melhor organização e planeamento dos recursos farmacêuticos.

No decurso deste painel, a bastonária falou ainda sobre as iniciativas para criação de modelos alternativos que permitam a disponibilização de medicamentos de dispensa hospitalar em farmácias comunitárias, nomeadamente medicamentos antirretrovirais e oncológicos.

Ana Paula Martins considera que o sistema de saúde deve aproveitar todos os recursos para prestar melhores cuidados aos cidadãos, sendo que neste caso devem ser assegurados os princípios da qualidade do serviço, da liberdade de escolha e do direito à confidencialidade, além de uma permanente monitorização e avaliação dos resultados.

No encerramento do evento, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lembrou o percurso e os precursores da criação do SNS e destacou que a Saúde é uma área em que é possível obter consensos políticos e profissionais. Para o Chefe de Estado não é possível realizar mudanças substanciais na Saúde de governo para governo.

Marcelo Rebelo de Sousa defendeu um "reformismo incremental" nas políticas de saúde e de educação. "O reformismo como atitude, como processo, e incremental porque afirmado de modo progressivo, muitas vezes por pequenos grandes passos ao longo de sucessivos períodos de tempo", explicou.

Clique aqui para assistir à intervenção do Presidente da República no encerramento do 1º Fórum dos Hospitais.