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Regime jurídico da Residência Farmacêutica está a ser ultimado
18 Outubro 2019Marta Temido foi a conferencista convidada da cerimónia de comemorativa do Dia da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC), realizada ontem, no auditório da FFUC, em que participaram também o reitor da Universidade de Coimbra, e professor da FFUC, Amílcar Falcão, bem como o diretor da FFUC, Francisco Veiga. A governante integrou o corpo docente da FFUC, como professora assistente convidada, tendo sido agraciada com o título de "embaixadora” da FFUC.
A ministra começou por dirigir algumas palavras de incentivo aos jovens estudantes de Ciências Farmacêuticas da FFUC, que um dia podem vir a exercer a profissão no Serviço Nacional de Saúde (SNS). "A FFUC tem uma dupla responsabilidade: formar os profissionais do futuro, abrindo mentes, inspirando a inovação e contribuindo com pensamento, com ciência e com evidência para o sistema de saúde e, simultaneamente, investigar na área da saúde, de modo a melhorar as respostas diagnósticas e terapêuticas às necessidades das pessoas”, realçou.
Marta Temido destacou também as responsabilidades dos profissionais farmacêuticos na prestação de cuidados de saúde. "Os farmacêuticos são, frequentemente, a interface entre as pessoas e o SNS. O passado demonstrou a sua efetividade em programas como o da vacinação e da troca de seringas, mas queremos explorar outras áreas. Queremos replicar sucessos», assegurou. "Por isso, queremos continuar a política de reforço dos recursos humanos, também na área farmacêutica, melhorando a eficiência da combinação de competências dos profissionais de saúde, incentivando a adoção de novos modelos de organização de trabalho, da responsabilidade de equipa e de pagamento e incentivos pelos resultados”, afiançou.
Neste âmbito, lembrou ainda que o número de farmacêuticos no SNS tem vindo a aumentar desde 2015, num aumento líquido de cerca de 65 profissionais Marta Temido fez ainda um ponto de situação relativamente ao processo de regulamentação da Carreira Farmacêutica no SNS, lembrando o acordo coletivo de trabalho, assinado em 2018 com o Sindicato Nacional dos Farmacêuticos, que eliminou "as desigualdades remuneratórias entre farmacêuticos”.
Já este ano, foram publicadas as regras do procedimento concursal para o preenchimento de postos de trabalho na carreira especial farmacêutica e adaptado o sistema de avaliação dos trabalhadores da administração pública à carreira especial farmacêutica. Marta Temido revelou, ainda, que "está a ser ultimado o regime jurídico da residência farmacêutica”.
Não obstante, questionou a necessidade de se "continuar a delimitar territórios, profissionais designadamente”, ao invés de "acordar que os territórios se misturam, são permeáveis e mais fluidos do que foram no passado”. "Queremos defender os interesses corporativos de algumas corporações ou queremos defender o interesse público e o interesse dos utentes?”, questionou.
Marta Temido explanou os objetivos da ação governativa, destacando a intenção de manter "um SNS eficiente, proativo, com profissionais motivados, que trabalhem em equipa, que coloquem as pessoas no centro da sua atividade profissional, que se identifiquem com o serviço público, que se sintam orgulhosos e que decidam com base na melhor evidência científica”.