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Alergias e uso de anti-histamínicos

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25 Outubro 2023
Alergias e uso de anti-histamínicos

O que é uma alergia?

A alergia é definida como uma resposta de defesa do corpo, chamada de resposta imune, a uma ou mais substâncias presentes no ambiente que, normalmente, são inofensivas para a maioria das pessoas. Essas substâncias são conhecidas como alérgenos e são encontradas, por exemplo, nos ácaros, no pelo dos animais de estimação, nos pólenes, nos insetos, nos fungos, nos alimentos e em alguns medicamentos.

Quando o corpo é exposto a um determinado alérgeno, ele vai iniciar uma resposta imune, através da libertação de um composto químico denominado histamina. Esta vai ser responsável pelos sintomas da alergia, nomeadamente o espirro, o corrimento nasal, a comichão nos olhos e pele, e o inchaço e vermelhidão; estes sintomas resultam de mecanismos de resposta do organismo para tentar eliminar o alérgeno.

A histamina é normalmente libertada quando o sistema imunológico deteta algo prejudicial, como uma infeção, para proteger o corpo. Porém, nas pessoas com alergias, o organismo confunde algo inofensivo, como o pólen ou os ácaros, com uma ameaça, e produz histamina.

Como posso minimizar o risco de alergias?

A prevenção ou a minimização do contacto com alérgenos depende primeiramente da identificação do agente causal da alergia e da adoção de medidas para reduzir a exposição ao mesmo.  As medidas preventivas tentam controlar fontes potenciais de alérgenos (animais de estimação, roedores, baratas), minimizar os locais em que os fungos ou os ácaros possam desenvolver-se e os reservatórios de alérgenos, como sofás estofados, tapetes ou roupa de cama. Existem medicamentos disponíveis para ajudar no alívio dos sintomas resultantes das reações alérgicas. A utilização de soluções de lavagem salinas é também recomendada como complemento no tratamento da rinite alérgica, permitindo uma lavagem da mucosa nasal.

O que são anti-histamínicos?

Os anti-histamínicos são uma classe de medicamentos que atuam no alívio dos sintomas da alergia. Estes inibem a ação da histamina, bloqueando a sua ligação aos recetores H1, prevenindo a ocorrência da alergia, se tomados antes de o individuo entrar em contacto com a substância ao qual é alérgico, ou minimizando os sintomas durante uma reação alérgica. Existem medicamentos anti-histamínicos com diversas apresentações disponíveis, como, os comprimidos revestidos, comprimidos orodispersíveis, cápsulas, formulações tópicas cutâneas, xaropes, sprays nasais e gotas para os olhos. Também existem fórmulas injetáveis, utilizadas sobretudo em contexto hospitalar.

Os anti-histamínicos são habitualmente divididos em dois grupos:

  • Anti-histamínicos H1 sedativos, como por exemplo, a clemastina, a hidroxizina, a prometazina, a difenidramina e o dimetideno.
  • Anti-histamínicos H1 não sedativos, como por exemplo, a cetirizina, a desloratadina, a fexofenadina, a loratadina, a levocetirizina, a rupatadina e a bilastina.

Em que condições alérgicas são utilizados os anti-histamínicos?

Os anti-histamínicos são comummente utilizados no alívio dos sintomas de diversas condições alérgicas, relacionadas sobretudo com a febre dos fenos (rinite alérgica sazonal), urticária e reações a picadas de insetos. Eles atuam:

  • Na diminuição da inflamação e comichão do nariz, olhos e garganta (rinite alérgica e conjuntivite alérgica).
  • Na diminuição do espirro e corrimento nasal.
  • No alívio da comichão e irritação da pele, causada pelas picadas de insetos. 
  • Na redução da gravidade da erupção cutânea e da comichão, associadas a reações da pele, como a urticária.
  • No tratamento de emergência de reações alérgicas graves.
  • Apesar de não constituir uma situação alérgica, também são usados na prevenção do enjoo de movimento e de outras causas de náuseas. 

Qual é o anti-histamínico mais indicado para mim?

O seu médico ou farmacêutico irá indicar-lhe qual o tipo de anti-histamínico mais adequado, de acordo com os seus sintomas, e a causa da sua alergia. Os anti-histamínicos de segunda-geração são, normalmente, os mais aconselhados para o tratamento da maioria das condições alérgicas, uma vez que causam menor sonolência.

Como tomar o meu anti-histamínico?

Tome o seu anti-histamínico de acordo com o indicado pelo seu médico ou farmacêutico, e leia sempre o folheto informativo que acompanha o medicamento. Deverá ter em atenção:
      • Como administrá-lo, incluindo se necessita de ser tomado com água ou alimentos ou, no caso de um spray nasal ou gotas para os olhos, como aplicá-lo corretamente.
      • A dose de anti-histamínico que deve tomar.
      • Quando tomá-lo, incluindo, quantas vezes ao dia e em que horário.
      • A duração do tratamento, pois alguns anti-histamínicos estão indicados para utilização durante longos períodos, enquanto outros estão recomendados para uma utilização de curta duração.
      • O que fazer quando se esquecer de tomar uma ou mais doses, ou se tomar uma dose excessiva do seu anti-histamínico. 

Quais são os principais efeitos secundários?

Os anti-histamínicos, como todos os medicamentos, poderão causar efeitos adversos; alguns destes são:

  • Cansaço
  • Sonolência
  • Dor de cabeça
  • Boca seca
  • Dor de estômago

Geralmente estes efeitos são de curta duração. Tenha especial cuidado se conduzir ou manipular máquinas, pois mesmo os anti-histamínicos não sedativos podem causar sonolência.

Não ingira bebidas alcoólicas quando estiver a tomar um anti-histamínico, uma vez que estas podem interagir com o medicamento, potenciando os seus efeitos sedativos.

Alguns fármacos e produtos à base de plantas podem interagir com os anti-histamínicos. Informe sempre o seu médico ou farmacêutico de toda a medicação, suplementos e outros produtos naturais que esteja a tomar.


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