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Automedicação

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22 Agosto 2023
Automedicação

O que é a automedicação responsável?

A automedicação consiste na utilização de medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM) de forma responsável, sempre que se destine ao alívio e tratamento de queixas de saúde passageiras e sem gravidade, com a assistência ou aconselhamento opcional de um profissional de saúde.

A utilização de MNSRM é uma prática integrante do sistema de saúde; contudo a automedicação deverá estar limitada a situações clínicas bem definidas e efetuar-se de acordo com as especificações estabelecidas para aqueles medicamentos.

Em que situações posso automedicar-me?

As situações passíveis de automedicação estão previstas na legislação e incluem, entre outras:
      • Constipações e gripes;
      • Tosse, rouquidão e dores de garganta;
      • Higiene oral e da orofaringe;
      • Profilaxia da cárie dentária;
      • Úlceras da boca;
      • Pirose, enfartamento e flatulência;
      • Vómitos, diarreia e obstipação esporádica;
      • Dores ligeiras a moderadas;
      • Queimaduras solares;
      • Feridas, picadas de insetos, eczema e outros problemas ligeiros a moderados da pele;
      • Tratamento da dependência da nicotina para alívio dos sintomas de privação desta substância em pessoas que desejem deixar de fumar;
      • Dismenorreia primária e higiene vaginal;
      • Contraceção de emergência, métodos contracetivos de barreira e químicos.

Quais os riscos de uma automedicação irresponsável?

O uso de medicamentos por iniciativa própria, sem o aconselhamento e supervisão de um profissional de saúde qualificado, pode acarretar múltiplos enganos, podendo mesmo implicar um risco direto para a sua saúde. Qualquer medicamento, mesmo os MNSRM podem ser prejudiciais em determinadas situações, se não forem usados corretamente. Aconselhe-se junto do seu médico ou farmacêutico de forma a evitar reações indesejáveis.

Algumas das consequências associadas a uma automedicação irresponsável são:
      • Seleção de um tratamento inadequado, incluindo a sua dosagem, posologia e duração do mesmo;
      • Efeito subterapêutico ou tóxico devido a dose inadequada do medicamento;
      • Interação medicamentosa, isto é, o medicamento com que está a automedicar-se poderá interagir com outros medicamentos que tome habitualmente;
      • O uso indiscriminado de alguns medicamentos, como os antibióticos, poderá provocar resistências dos microrganismos;
      • Risco de dependência ou abuso;
      • Risco de duplicação terapêutica, isto é, não reconhecer que poderá estar a tomar a mesma substância ativa, mas com um nome diferente (medicamentos de diferentes marcas poderão ter a mesma substância ativa);
      • Falha no reconhecimento e reporte de efeitos adversos medicamentosos;
      • Poderá estar a mascarar sintomas de uma doença mais grave, dificultando ou atrasando o seu diagnóstico e tratamento;
      • Ao acumular medicamentos no seu domicílio poderá ainda correr o risco de:
        • Efetuar trocas entre medicamentos;
        • Tomar medicamentos com prazo de validade expirado;
        • Conservar em condições inapropriadas os seus medicamentos;
        • Ingestão acidental dos medicamentos por crianças.

Como posso automedicar-me com segurança?

O utente deverá ter presente os riscos inerentes à automedicação e tomar medidas que garantam a sua administração com segurança e eficácia, nomeadamente:
      • Conheça os efeitos terapêuticos, as reações adversas e as doses dos seus medicamentos;
      • Siga as instruções do rótulo e do folheto informativo, bem como as informações dadas pelo seu médico ou farmacêutico;
      • A duração da automedicação deverá ser a mais curta possível. Caso os sintomas persistam, deverá consultar um médico;
      • Adquira os seus medicamentos por vias legais, de forma a evitar falsificações. Se optar por comprar online utilize apenas sites registados no Infarmed;
      • Não aceite medicamentos aconselhados por familiares e amigos, pois o medicamento que o médico receitou para eles, poderá não ser o mais indicado para si;
      • Consulte o médico ou o farmacêutico caso, no decurso da utilização, surja uma situação que torne a automedicação desaconselhável (como por exemplo gravidez);
      • Opte por um medicamento que trate apenas os sintomas que apresenta. Não escolha medicamentos que sejam também indicados para tratar outros sintomas;
      • Se estiver a tomar medicamentos sujeitos a receita médica, consulte primeiro o seu médico ou farmacêutico antes de automedicar-se com outros medicamentos, de forma a evitar o risco de interações medicamentosas;
      • Guarde os seus medicamentos num local seco e fresco ao abrigo na luz, fora do alcance das crianças;
      • Em situações especiais como a gravidez e a amamentação, não está indicada a automedicação;
      • Não se automedique com remanescentes de um medicamento sujeito a receita médica que tenha guardado, com base em sintomas similares aos que teve anteriormente quando lhe foi prescrito esse medicamento;
      • Evite o consumo de álcool quando estiver a tomar medicamentos.


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