Helder Mota Filipe admitiu um aumento do número de medicamentos em rutura, lembrando a situação ocorrida no último inverno, com fortes constrangimentos no acesso a antibióticos, entre outros fármacos, para tratamento de infeções respiratórias.

Para o responsável da OF, é importante compreender as diferentes razões que levam a situações de rutura, algumas de natureza supranacional, relacionadas com problemas na produção, acesso a matérias-primas e substâncias ativas, outras relacionadas com o ambiente local, com as regras de cada país.

Neste aspeto, o bastonário recordou as medidas adotadas em Portugal para evitar a continua redução do preço dos medicamentos, tornando-os comercialmente inviáveis para os seus produtores. Lembrou as implicações da exportação paralela e os requisitos de abastecimento do mercado nacional, sublinhando o papel do Infarmed na monitorização de medicamentos críticos.

O bastonário considera que os farmacêuticos comunitários devem poder propor equivalentes terapêuticos, novas dosagens ou formas farmacêuticas aos utentes que precisam de medicamentos em situações de rutura ou problemas de abastecimento.

Helder Mota Filipe lembrou também o importante contributo dos farmacêuticos para resolução de dilemas éticos relacionados com o acesso aos medicamentos em situações de escassez.