O objetivo do projeto-piloto era identificar, entre a população com mais de 50 anos, situações de risco de hipertensão arterial e/ou de fibrilhação auricular.

Os resultados do estudo mostraram que: 

• Foi detetada pulsação irregular (possível fibrilhação auricular) em 5.5% dos participantes do piloto;
• Em 27% dos participantes foi identificado casos de pressão arterial elevada (possível hipertensão);
• Em 2% dos participantes foi identificado tanto pulsação irregular (possível fibrilhação auricular) como pressão arterial elevada (possível hipertensão);
• 26% dos participantes do piloto foram referenciados para o médico de família;
• 4% dos participantes iniciaram terapêutica anti-hipertensora e/ou para a fibrilhação auricular.

Este serviço foi percecionado como altamente benéfico tanto por utentes como por farmacêuticos, sendo de fácil implementação dentro do ambiente da farmácia.

No geral, a maioria dos participantes (83%) estavam satisfeitos com a informação que lhes foi dada pelo farmacêutico que realizou os testes de rastreio.

O piloto serviu também para aumentar a sensibilização dos participantes sobre a pressão arterial e a leitura regular da pressão arterial, sendo que 91% dos participantes disseram estar mais conscientes da pressão arterial e fibrilhação auricular como resultado da participação no piloto. Praticamente todos os participantes (98,5%) disseram que recomendariam o rastreio a um amigo e 99% disseram que estavam felizes por terem participado no piloto.

O Piloto da IPU para a deteção de Hipertensão e Fibrilhação Auricular na Comunidade demonstrou que, realizando um exame de saúde populacional padronizado para hipertensão e

fibrilhação auricular na farmácia comunitária – um local de cuidados de saúde altamente acessível – os farmacêuticos comunitários podem oferecer um benefício extremamente positivo aos participantes em termos de prevenção, deteção e tratamento inicial de suspeita de hipertensão e fibrilhação auricular.

O piloto observou também resultados globais positivos para os participantes em termos de deteção e encaminhamento dos utentes para diagnóstico e tratamento de ambas as condições, juntamente com a informação e apoio aos utentes, os quais estão de acordo com as recomendações do 2017 Sláintecare report, o HSE’s Living Well with a Chronic Condition: Framework for Self-Management Support; e o PSI’s Future Pharmacy Practice in Ireland: Meeting Patients’ Needs  report.